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No adeus do sol,
Bela lua não se vê.
Na vontade: peleja,
Frustração de quem deseja.
Formam-se nuvens,
Desaparecem estrelas
Ao sugar do profundo,
Só escuridão no mundo.
O tempo se perdeu
A caminho do impossível.
A nós resta tardia
A luz do próximo dia.
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terça-feira, 19 de janeiro de 2010
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Sem Inspiração
Para o meu bebê foca!
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Quem escreve um poema
Não pensa a linha.
Quem pensa o poema
Não escreve uma linha.
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Porque poemas não se escrevem assim de uma hora pra outra.
Ou será que sim?
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Quem escreve um poema
Não pensa a linha.
Quem pensa o poema
Não escreve uma linha.
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Porque poemas não se escrevem assim de uma hora pra outra.
Ou será que sim?
Vapor
Respirar profundo e sorrir esta dor do tamanho do mundo.
Sentir neste devir a mais íntima vontade.
Saber que a cada devaneio ignorado
Gerada está uma nova pausa a se distanciar.
Transformar loucura em realidade.
Inquietar conveniências pela verdade.
Sentir que o que vibra não o faz inutilmente
E o que sobe à pele é o vapor do que dentro borbulha.
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LB em 16 de abril de 2006
Grito
Não havia ninguém na casa,
Ninguém ouviu.
Chamou, chamou,
Chamou alto!
Grito ecoa margem
Vaza carne e gasta
Rala e esmiúça
Confusa temperatura
Tecido polidividido
Plural.
Muito, mais
Massa, matéria, volume
Mundo incompleto
Impuro encoberto
Do pouco vai ao tanto
Do coro vai ao pranto
No gosto vence o santo
E lhe serve o que for de agrado
Que cresce
Floresce
Encanta
Incendeia.
Ninguém ouviu.
Chamou, chamou,
Chamou alto!
Grito ecoa margem
Vaza carne e gasta
Rala e esmiúça
Confusa temperatura
Tecido polidividido
Plural.
Muito, mais
Massa, matéria, volume
Mundo incompleto
Impuro encoberto
Do pouco vai ao tanto
Do coro vai ao pranto
No gosto vence o santo
E lhe serve o que for de agrado
Que cresce
Floresce
Encanta
Incendeia.
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LB em 1 de julho de 2006
Poeira
Em bronze e pérolas a estátua calcificou-se.
Foi o choque, a temperatura, o frio
E um calor de instante alongado.
Endureceu de camadas a uma única pele.
A epiderme dura.
Poeira vai ao ar e pára e segue e venta.
Passatempo fica mais e cada vez mais
Um múltiplo microscópico sob o mito inteiriço.
Partículas se esquecem de ser e permanecem
O acúmulo morto que jaz em nova unidade.
Descoberto no rígido a passividade do estado.
O destino da bolsa fetal posto em renascença.
Um mergulho e a soltura.
Jogado ao chão ergue em busca de altura,
Crescente clímax de um fim cíclico.
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LB em 25 em agosto de 2006
Foi o choque, a temperatura, o frio
E um calor de instante alongado.
Endureceu de camadas a uma única pele.
A epiderme dura.
Poeira vai ao ar e pára e segue e venta.
Passatempo fica mais e cada vez mais
Um múltiplo microscópico sob o mito inteiriço.
Partículas se esquecem de ser e permanecem
O acúmulo morto que jaz em nova unidade.
Descoberto no rígido a passividade do estado.
O destino da bolsa fetal posto em renascença.
Um mergulho e a soltura.
Jogado ao chão ergue em busca de altura,
Crescente clímax de um fim cíclico.
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LB em 25 em agosto de 2006
Três Cânticos Para Uma Deusa
(1)
Eu sou a noite.
Vejo lua em todo brilho.
(2)
Podia ser a lua presa no papel,
Mas a ninguém pertence a lua além do céu.
(3)
Nova?
Não chore, meu luar
Hei de voltar
Eu te pertenço
Em ti me acendo
Quero estar inteira
Contigo sempre faceira
Cheia!
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LB em 11 de outubro de 2005
Eu sou a noite.
Vejo lua em todo brilho.
(2)
Podia ser a lua presa no papel,
Mas a ninguém pertence a lua além do céu.
(3)
Nova?
Não chore, meu luar
Hei de voltar
Eu te pertenço
Em ti me acendo
Quero estar inteira
Contigo sempre faceira
Cheia!
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LB em 11 de outubro de 2005
Ainda que Seja de Noite
"Nesta fonte está escondida
O segredo desta vida
Ainda que seja de noite"
Raul Seixas
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Desta fonte que bebemos,
A nascente desconhecemos.
E os tantos que dela se fartam,
O fazem por ilusão.
O mistério desta água,
Motor secreto e latente,
Rega a todos em esperança.
Se faz pai da humanidade,
Princípio ativo, calamidade.
Venham todos para o circo do prazer!
Aquele que se sentir ofendido,
Que tenha seu ingresso devolvido.
Fosse tão simples,
Restaria dar adeus à memória
Pois esta, na busca da história,
Vendeu-se por sonhos
E pensou conquistar nova consciência.
Se esta vida, por clemência,
Reconstrói o sujeito,
Espere esquecer-se.
E ao atravessar-lhe o caminho,
Em calma e sozinho,
Este outro lhe há de escapar.
Entre dúvidas assombrosas
E negações impiedosas
Esconde-se o mistério da fonte.
Um olho no mundo.
Coração profundo.
O futuro será feliz
Quando vir o passado por um triz.
A sede.
O ciclo.
O amor.
A fonte fez nascente nos olhos da tristeza
A procurar novos amores.
A nascente desconhecemos.
E os tantos que dela se fartam,
O fazem por ilusão.
O mistério desta água,
Motor secreto e latente,
Rega a todos em esperança.
Se faz pai da humanidade,
Princípio ativo, calamidade.
Venham todos para o circo do prazer!
Aquele que se sentir ofendido,
Que tenha seu ingresso devolvido.
Fosse tão simples,
Restaria dar adeus à memória
Pois esta, na busca da história,
Vendeu-se por sonhos
E pensou conquistar nova consciência.
Se esta vida, por clemência,
Reconstrói o sujeito,
Espere esquecer-se.
E ao atravessar-lhe o caminho,
Em calma e sozinho,
Este outro lhe há de escapar.
Entre dúvidas assombrosas
E negações impiedosas
Esconde-se o mistério da fonte.
Um olho no mundo.
Coração profundo.
O futuro será feliz
Quando vir o passado por um triz.
A sede.
O ciclo.
O amor.
A fonte fez nascente nos olhos da tristeza
A procurar novos amores.
E renovar eternos dissabores.
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LB em 19 de maio de 2006
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LB em 19 de maio de 2006
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