segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Poeira

Em bronze e pérolas a estátua calcificou-se.
Foi o choque, a temperatura, o frio
E um calor de instante alongado.
Endureceu de camadas a uma única pele.
A epiderme dura.

Poeira vai ao ar e pára e segue e venta.
Passatempo fica mais e cada vez mais
Um múltiplo microscópico sob o mito inteiriço.

Partículas se esquecem de ser e permanecem
O acúmulo morto que jaz em nova unidade.
Descoberto no rígido a passividade do estado.

O destino da bolsa fetal posto em renascença.
Um mergulho e a soltura.
Jogado ao chão ergue em busca de altura,
Crescente clímax de um fim cíclico.

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LB em 25 em agosto de 2006

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