quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Homem Vírus



n jkb klj-b-ljb ,lbb,jmb rápido biológico sabotador inevitável confuso certeiro discreto implacável lento difuso arrebatador constante repetido eficiente nada nada mal nada mais qualquer coisa vivo velho rancoroso deficiente maravilhoso inovador prafrentex santo e também pecador ríspido mesquinho medíocre dadivoso fingido meticuloso masculino invertebrado rrrrr grrrrr onomatopéico contínuo infindável inefável irreparável construtor demolidor passado futuro à frente figura humana objeto flor respiração sutileza sofrimento nããããão igualmente eternamente sangue sangue sangue sua seu daquele do meu rude vulgar refinado outro lugar sim sim sim só mais menos qualquer e não é coisa mmmmm palavra fluência franqueza fraqueza fanatismo exibicionismo esquecimento serventia fora fica fulano faça desfaça refaça carcaça cama altar feijão mágico joão ninguém alguém refém prenda presente construa crie minta desminta invente re re re re tudo fábula confabula restringe comprime resta água começo fingimento desdém fome humanidade garoa sótão paralisia sulfato retrato peneira cadeira gentileza gera gentileza paz amor pra dar e vender música mascote minoria som som som sintonia conjunção sabedoria sentimento sensação sentido contigo mais mais mais menos menos menos agora depois e mais oooooops e vai lá vai encontra dispersa reprime comprime retrata contrata acerta concorda retrai e sai vai ser feliz vai ser quem és vai vai vai vento nuvem leva leva luva minha mão livre livre livre sem com por parta onde qualque qualque qualquer um chegar sair entrar e ficar dizer nãããããão deliciosidades maravilhosidades complexidades carnalidadeCOMPRESSÃO

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A Luz do Próximo Dia

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No adeus do sol,
Bela lua não se vê.
Na vontade: peleja,
Frustração de quem deseja.

Formam-se nuvens,
Desaparecem estrelas
Ao sugar do profundo,
Só escuridão no mundo.

O tempo se perdeu
A caminho do impossível.
A nós resta tardia
A luz do próximo dia.

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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Sem Inspiração

Para o meu bebê foca!
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Quem escreve um poema
Não pensa a linha.
Quem pensa o poema
Não escreve uma linha.

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Porque poemas não se escrevem assim de uma hora pra outra.
Ou será que sim?

Vapor


Respirar profundo e sorrir esta dor do tamanho do mundo.
Sentir neste devir a mais íntima vontade.
Saber que a cada devaneio ignorado
Gerada está uma nova pausa a se distanciar.
Transformar loucura em realidade.
Inquietar conveniências pela verdade.
Sentir que o que vibra não o faz inutilmente
E o que sobe à pele é o vapor do que dentro borbulha.



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LB em 16 de abril de 2006

Grito


Não havia ninguém na casa,
Ninguém ouviu.
Chamou, chamou,
Chamou alto!
Grito ecoa margem
Vaza carne e gasta
Rala e esmiúça
Confusa temperatura
Tecido polidividido
Plural.

Muito, mais
Massa, matéria, volume
Mundo incompleto
Impuro encoberto
Do pouco vai ao tanto
Do coro vai ao pranto
No gosto vence o santo

E lhe serve o que for de agrado
Que cresce
Floresce
Encanta
Incendeia.
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LB em 1 de julho de 2006

Poeira

Em bronze e pérolas a estátua calcificou-se.
Foi o choque, a temperatura, o frio
E um calor de instante alongado.
Endureceu de camadas a uma única pele.
A epiderme dura.

Poeira vai ao ar e pára e segue e venta.
Passatempo fica mais e cada vez mais
Um múltiplo microscópico sob o mito inteiriço.

Partículas se esquecem de ser e permanecem
O acúmulo morto que jaz em nova unidade.
Descoberto no rígido a passividade do estado.

O destino da bolsa fetal posto em renascença.
Um mergulho e a soltura.
Jogado ao chão ergue em busca de altura,
Crescente clímax de um fim cíclico.

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LB em 25 em agosto de 2006

Três Cânticos Para Uma Deusa

(1)

Eu sou a noite.
Vejo lua em todo brilho.


(2)

Podia ser a lua presa no papel,
Mas a ninguém pertence a lua além do céu.


(3)

Nova?

Não chore, meu luar
Hei de voltar
Eu te pertenço
Em ti me acendo
Quero estar inteira
Contigo sempre faceira

Cheia!


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LB em 11 de outubro de 2005

Ainda que Seja de Noite


"Nesta fonte está escondida
O segredo desta vida
Ainda que seja de noite"

Raul Seixas

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Desta fonte que bebemos,
A nascente desconhecemos.
E os tantos que dela se fartam,
O fazem por ilusão.

O mistério desta água,
Motor secreto e latente,
Rega a todos em esperança.
Se faz pai da humanidade,
Princípio ativo, calamidade.

Venham todos para o circo do prazer!
Aquele que se sentir ofendido,
Que tenha seu ingresso devolvido.

Fosse tão simples,
Restaria dar adeus à memória
Pois esta, na busca da história,
Vendeu-se por sonhos
E pensou conquistar nova consciência.

Se esta vida, por clemência,
Reconstrói o sujeito,
Espere esquecer-se.
E ao atravessar-lhe o caminho,
Em calma e sozinho,
Este outro lhe há de escapar.

Entre dúvidas assombrosas
E negações impiedosas
Esconde-se o mistério da fonte.
Um olho no mundo.
Coração profundo.

O futuro será feliz
Quando vir o passado por um triz.
A sede.
O ciclo.
O amor.

A fonte fez nascente nos olhos da tristeza
A procurar novos amores.
E renovar eternos dissabores.

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LB em 19 de maio de 2006