terça-feira, 28 de julho de 2009

Da Ordem Michel Gondry

I always hated pretentious commercials and videos

before I started directing,
not following the typical and saying that

people are all fashion.

It has always been my goal
to make people feel alright
when they watch my work."

http://www.director-file.com/gondry/


sexta-feira, 3 de abril de 2009

Vôo Livre


e eu?

eu
estou no rabo do cometa
na partícula distante
de corpo presente
de mente ausente

eu?
eu
não digo que cheguei
estou sempre saindo
deixando
mas volto

e eu?
eu
não vi nada disso acontecer
ninguém me contou
se por fora há o mundo
só conhece quem não vê

eu?
eu, amigo
eu que não sei de mim
me vejo em ti
me espelho no outro
pra ser este alguém

eu?
eu estou distante
de mim, de ti, do ser
sou o que dizem
porque pra mim
nada basta

me empresto pro outro
é ele quem me constrói
porque eu sou é do mundo
sou dos ares
eis minha plenitude
este eterno vôo.

e pergunto, amigo
e eu?
o que me fazes?
cuida,
pois posso simplesmente tornar-me.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Outra


http://arteria.stripgenerator.com

Minha primeira tirinha

http://arteria.stripgenerator.com/

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Pensamento do dia



São do tempo as torrentes valorosas da revolução.
Mas é dele também o lapso inevitável da brandura.
LB yesterday's


The Persistence of Memory
Salvador Dalí, 1931


terça-feira, 12 de agosto de 2008

... and then I met David Lynch

Quando cheguei na Travessa do Shopping Leblon já estava formada a fila. Até então ela cabia dentro da livraria. Ali descobri que o evento havia sido remarcado para 1 hora depois do divulgado. A espera, curiosamente, não foi desagradável.

Quando ouvi o tema do diretor playboy de "Mulholand Drive" sabia que era o anúncio da sua chegada. Não deu outra. Ele adentrou o ambiente bucólico de lindos livros encoberto por uma luz.

De repente já era a minha vez. O segurança tomou de arranco o livro da minha mão. Saltei rapidamente para aproveitar cada segundo do meu tete-a-tete com o mestre.

Ele autografou meu "Em águas profundas" e quando se virou pra mim encontrou um sorriso. Retribuiu-o e esticou sua mão. Estiquei a minha e ele apertou. Apertou forte e segurou.

- I bought your book a few weeks ago and I read it. (pausa) Thanks for writing it.

Foi o que consegui dizer. O "thank you" dele em retribuição soou por duas ou três vezes.

Fim do diálogo, mãos se soltaram. Saí da fila tremendo de uma energia absurda. Tontinha, fiquei olhando pra minha mão em riste no ar, vermelha com pontinhos brancos.

Existem mil coisas que eu gostaria de falar pro David Lynch, mas não era o caso de se traçar mil linhas. Saí feliz porque disse o que disse e consegui algo precioso pelo qual eu não esperava.