sábado, 29 de janeiro de 2011

vida

De que é feita senão de tempo?
Sutis passagens esculpidas
Comprimidas e esticadas em brumas e tensões.

Quanto já se terá vertido
Nos nós de tempestades,
Em ruas tão curtas quanto íngrimes?

Escoa nas entrelinhas do pensamento
Encara a temporalidade complexa
E constrói secretamente um castelo inacessível.

Aflige-se por um simbolismo
Que nunca lhe será cabível
Por isso não dorme, passeia, vagueia, procura.

domingo, 14 de março de 2010

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Thirst, de Park Chan-wook



Vi ontem e ainda estou completamente maravilhada. Por muita sorte consegui entrar na sessão esgotada do Fantasporto das 23h de um sábado. Esbarrei num menino que tinha comprado um ingresso a mais quando a bilheteria não dava esperanças.

Basicamente, a história de um padre que vira vampiro, mas uma das melhores histórias de vampiros que eu já vi. Tá no nível de Hunger [Fome de Viver]. Roteiro bem desenvolvido com personagens profundos e coerentes. As imagens são construídas de forma artística e inteligente e os efeitos suavemente colocados à necessidade do vampirismo.

Não são sentidas as mais de duas horas da exibição. É pura catarse conduzida por um protagonista extremamente cativante. Pra que se dê valor à toda a rasgação de seda, coloco minha única crítica. Em alguns momentos, senti uma certa afobação no corte. O filme tem ritmo, mas o cinema oriental clama por contemplação. Vi precocemente interropidos alguns planos lindíssimos. Será a ocidentalização batendo forte o tambor?

Tive o prazer de assistir à trilogia da vingança [Mister Vingança; Old Boy e Lady Vingança] e desde então me apaixonei por esse diretor sul-coreano. Chamaria o primeiro de "filme de diretor", contemplativo e imagético. O segundo, "filme de montador", onde as técnicas de corte ajudam a criar a magia, atuando com grande importância na construção de idéias e sensações. O terceiro, é o "filme de roteirista", onde a história é que conduz o espectador. Pra mim, Thirst é o filme de um apaixonado pelo que faz!

Sigo louca pra ver I'm a Cyborg, But That's Ok.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Cronos



Adorei esse filme. Não é só mais uma história de vampiro. Há alguma coisa de humano nele. O mote é bom, o desenvolvimento está à altura. O visual é o ponto alto e os risos estão garantidos.

Ah! Mas essa imagem do cartaz também é inventadona. Não tem mulezinha sensual no filme. E o que mais..? Preciso dizer que me indentifiquei com a menininha?

Tetsuo II - The Cyberpunk


Eita, filme doido. Depois de mãos-revólveres e fuzis peito afora, o tiozinho vira um tanque de guerra cheio de almas penadas acopladas. O filme é azul. O tom de verde do orelhão é pastel. Pastelão é o que ele faz com o gancho do telefone na perseguição. Sim, o diretor queria fazer o público rir. E consegue! As caras que o protagonista faz durante as suas transformações são hilariantes. Só não vi o cyber. Nem o punk...

Coco Avant Chanel


Tudo bem que o objetivo era mostrar a figura antes da fama, mas tinha que fazer um filme tão mela cueca? Sobrou romancinho. Faltou informação cabível e importante. Humpf!

Gostei mais desse cartaz aí de baixo. Só não existe imagem similar no filme... Excesso de liberdade representativa? Afe!